A primeira usina de geração de energia solar do Estado de São Paulo e a maior do Brasil foi oficialmente inaugurada ontem, em Campinas. Com capacidade de produção de 1,1 megawatt (MW), a estação é capaz de abastecer até 657 clientes por mês com um consumo médio de 200 quilowatts/hora (KWh).
A CPFL Energia investiu R$ 13,8 milhões na subestação Tanquinho para implantar o sistema de captação que usa a energia fotovoltaica obtida por intermédio da conversão direta da luz solar em eletricidade.
O projeto aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi desenvolvido pela CPFL, com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e empresas associadas.
São quase 4 mil placas dispostas em três agrupamentos, na subestação que fica próximo a Jaguariúna, no interior de São Paulo.
O complexo, que já está abastecendo a rede de Campinas, serve também para estudos para a inserção da geração fotovoltaica na matriz energética brasileira.
"Podemos aqui verificar as melhores tecnologias para cada região do Brasil", explicou o diretor da CPFL Serviços, Rubens Bruncek Ferreira.
Em uma área de 13.700 metros quadrados da subestação Tanquinho, a nova estação gerará aproximadamente 1,6 GWh/ano.
Um dos motivos que levou a escolha do local foi o fato de ser dentro de uma subestação, dispensando a necessidade de construção de rede de transmissão e reduzindo as perdas.
Mercado imobiliário. Rubens Ferreira afirmou que, apesar de ser uma matriz energética ainda nova no país, a empresa espera que até 2014 ela seja bastante competitiva para ser vendida de forma massificada. "Nesse cenário, São Paulo é o grande mercado para venda ao setor imobiliário", comentou.
O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, afirmou que a estação é um primeiro passo para uma transformação na matriz energética que pode ser encabeçada pelo Estado. "O governo pode incentivar esse tipo de produção", adiantou.