quinta-feira, 28 de agosto de 2014

INPE divulga dados de degradação na Amazônia

Fonte: http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=3687 

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apresenta o mapeamento das áreas de degradação florestal na Amazônia Legal para os anos de 2011, 2012 e 2013. Este levantamento é feito pelo projeto DEGRAD para identificar, através das mesmas imagens de satélite utilizadas no projeto PRODES, áreas que estão expostas à degradação florestal progressiva, pela exploração predatória de madeira, com ou sem uso de fogo, mas que ainda não foram convertidas a corte raso.
Assim como no PRODES, que serve para identificar o corte raso, a área mínima mapeada pelo DEGRAD é de 6,25 hectares. Nos anos de 2011, 2012 e 2013, foram apontadas áreas de 24.650 km2, 8.634 km2 e 5.434 km2, respectivamente, que apresentam algum estágio de degradação.
O DEGRAD é realizado de forma independente a cada ano, sem levar em conta os registros de áreas de florestas degradadas em anos anteriores, identificando apenas as atualizações das áreas desmatadas registradas pelo PRODES. Deste modo o DEGRAD permite a avaliação das áreas que estão em processo de regeneração após o evento que causou a degradação florestal, bem como daquelas em que esta degradação é recorrente.
A tabela abaixo demonstra a distribuição da degradação nos estados que compõem a Amazônia Legal desde que o INPE começou a medi-la, com o projeto DEGRAD, em 2007.

Apesar da série histórica deste projeto ser considerada pequena - o levantamento iniciou em 2007 - o DEGRAD 2013 representa o menor valor já registrado e é consistente com a tendência de queda na taxa de desmatamento por corte raso verificada pelo PRODES após 2005.
Foi analisada também a conversão dos dados da degradação florestal mapeados pelo DEGRAD para o corte raso no período 2007 a 2013. Esta análise permite identificar o quanto da degradação florestal de determinado ano é convertida para corte raso nos anos seguintes, sendo assim contabilizada na taxa anual de desmatamento medida pelo PRODES. As tabelas abaixo apresentam os dados do DEGRAD e do PRODES de 2007 a 2013, bem como o resultado da análise para toda Amazônia Legal.
(Clique na tabela para visualizar em tamanho maior).


A interpretação da tabela acima permite concluir, a partir da série histórica disponível, que é baixa a taxa de conversão da degradação florestal apontada pelo DEGRAD para o corte raso mapeado pelo PRODES.
Outro fator que influencia diretamente a degradação florestal é a ocorrência de fogo na região amazônica. Analisando os dados do DEGRAD de 2007 a 2013 em relação aos focos de calor identificados pelo sistema de monitoramento de queimadas por satélites operado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE no mesmo período, identifica-se que a degradação florestal é correlacionada com a quantidade de queimadas detectadas entre 1º de agosto do ano anterior  a 31 de julho do ano de referência, conforme demonstra o  gráfico abaixo.

O DEGRAD é uma ferramenta importante para os órgãos de prevenção e combate ao desmatamento, pois permite intervenções em áreas cuja cobertura florestal ainda não foi completamente suprimida e convertida em outros usos, como pastagens e culturas agrícolas.
O DEGRAD, o PRODES e o DETER formam um conjunto de sistemas para monitoramento e acompanhamento do estado da floresta  operado pelo INPE, através do seu Programa Amazônia, e contemplam as ações do MCTI no Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal – PPCDAm. Os sistemas do INPE têm sido reconhecidos como uma contribuição fundamental para o logro das metas do PPCDAm pela presteza e transparência na divulgação dos seus resultados.
Os mapas das áreas de desmatamento e demais dados estão disponíveis nas páginaswww.obt.inpe.br/prodes e www.obt.inpe.br/degrad
A figura acima mostra padrões de degradação florestal por extração de madeira observados em imagens realçadas. A) Degradação de intensidade moderada, área em regeneração após exploração madeireira, pátios ainda evidentes; B) Degradação de intensidade alta, exploração madeireira ativa, grande proporção de solo exposto; C) Degradação de intensidade leve, evidência de abertura de estradas de acesso.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar tem curso online


Bruno Maia
Crianças em horta da Amazônia:força da agricultura
Agentes políticos e representantes da sociedade civil podem se inscrever a partir do dia 18/08

TINNA OLIVEIRA
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) abre, na segunda-feira (18/08), inscrições para 600 vagas do curso “Apoio à Implementação do Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF) nos Territórios”. O objetivo é capacitar online agentes políticos e representantes da sociedade civil para o desenvolvimento de políticas públicas, programas e projetos de educação ambiental no contexto da agricultura familiar.
As inscrições vão até 05 de setembro e serão realizadas pelo site da plataforma Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). O público-alvo inclui gestores e servidores públicos, profissionais do ensino, representantes de organizações da sociedade civil e lideranças de movimento de campo. O curso terá carga horária de 60 horas e será realizado de setembro a novembro de 2014.
REQUISITOS
Para o preenchimento das vagas, é necessário que o candidato tenha formação em curso superior, possua experiência na área e tenha o apoio da instituição onde atua. Os alunos serão capacitados para realizar o diagnóstico socioambiental de seu território e trabalhar estratégias pedagógicas.
“Os dois primeiros cursos oferecidos na nova plataforma do MMA obtiveram mais de 22 mil inscritos, o que demonstra a grande demanda existente na sociedade por capacitação na área ambiental” destaca a diretora substituta de Educação Ambiental do MMA, Renata Maranhão. Ela explica que, neste curso, optou-se por realizá-lo com tutoria e com critérios para a seleção dos participantes, visando assegurar a qualidade do processo educativo de modo que o curso promova intervenções locais.
PROGRAMA
O principal objetivo do Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF) é desenvolver práticas pedagógicas que contribuam para a construção coletiva de estratégias para o enfrentamento da problemática socioambiental rural. O programa possui cinco linhas de ação estratégicas. Esse curso está relacionado à Linha 3,  que trata do “Apoio a processos educativos presenciais e à distância”.
O curso faz parte do projeto de cooperação técnica firmado entre o MMA e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Parceria que permitiu a realização de consultorias que auxiliaram a equipe do Ministério na elaboração de conteúdos, inclusive para o ambiente virtual.Crianças em horta na Amazônia: força da agricultura.

Produtos da biodiversidade ganham visibilidade em oficina


Divulgação
O pequi é um dos produtos que ganham atenção do MMA
Fazem parte da lista pequi, borracha, castanha do Brasil, fibra de piaçava e amêndoa de babaçu


LETÍCIA VERDI
Até amanhã (15/08), a cidade de Montes Claros (MG) abriga a oficina "Acesso a Mercados Institucionais", promovida pelo Centro de Agricultura Alternativa (CAA), com o apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e parceria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O objetivo é aprofundar o conhecimento com as organizações de agricultores familiares e extrativistas sobre os programas de aquisição de alimentos do governo federal e os aspectos práticos da formalização e contratação de projetos.
Para o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Guilherme Cabral, que participa da oficina, a comercialização dos produtos da sociobiodiversidade é  etapa fundamental para agregar valor a essas cadeias produtivas. “A comercialização desses produtos garante maior sustentabilidade ao extrativismo”, destacou.
Em parceria com outros órgãos do governo federal, o MMA apoia as estratégias de acesso ao mercado por meio da subvenção a 15 produtos, a exemplo do pequi, da borracha, da castanha do Brasil, da fibra de piaçava, da amêndoa de babaçu. No Norte e Noroeste de Minas, o pequi e demais frutos do cerrado têm atenção especial por meio de programas desenvolvidos pelo Departamento de Extrativismo do MMA e pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB).


Cobertura Projeto PETRA

Fazenda São Nicolau - Cotriguaçu (MT)
Foi realizado em Cotriguaçu, extremo norte de Mato Grosso, o lançamento da Plataforma Experimental para a Gestão do Territórios Rurais da Amazônia Legal - PETRA. A Forest esteve presente na cobertura do evento. Confiras as fotos em: